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domingo, setembro 10, 2006>>
Pseudo-crítica de cinema >>
Eu não sou um cítico de cinema, não sei organizar bem minhas idéias e muito menos colocar bom humor entre as frases, então leiam esse post como uma coisa amadora, de alguém que não sabe os clichês profissionais. Na verdade, esse ano eu tenho me saído um belo cinéfilo, acho que vi mais de oitenta filmes até hoje, dia onze de setembro.
Aqui vai uma listinha dos que eu, pelo que me lembro, gostei muito. As críticas não fazem referências aos personagens por preguiça mesmo, e , na verdade, meu intuito é realçar os diretores que eu gosto. Sem compromissos com a verdade, só com minhas impressões.
Lá vou eu:
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Woody Allen)
Apesar de ser uma comédia romântica, está muito longe das coisinhas enjoadas nhem nhem nhágicas que a gente vê hoje em dia. Só pelo fato de ser um filme do Woody você tem a garantia de que não vão faltar piadas inteligentes e personagens mais que interessantes. Desde as primeiras cenas dá pra perceber que o filme trata muito da psique humana. Melhor, desde o título dá pra perceber isso.
Nascido pra Matar (Stanley Kubrick)
As pessoas vão me parar na rua me perguntar por que diabos eu não coloquei Laranja Mecânica e sim esse filme que nem é o melhor de Kubrick. Eu respondo: Amei Laranja Mecânica, muito mesmo, mas só assiti uma parte. Da parte que assisti, dava pra falar muitas coisas (inclusive sobre a cena em que o padre apóia a "lavagem cerebral" que é feita com o protagonista) mas isso ficará pra depois que eu ler o livrinho e decidir alugar o filme -Sim! Eu sou certinho pra essas coisas, às vezes.
Sobre Nascido pra Matar, eu diria que é o segundo melhor de Kubrick -Mesmo com todo o hype em torno de 2001: Uma Odisséia no Espaço. O que mais me chamou atenção, foi que na primeira parte o filme tem imagens muito "cleans", apesar de tratar de algo tão sujo e inumano como a preparação de homens para a guerra.
Má Educação (Pedro Almodóvar)
Alguns dizem que foi o melhor de Pedro Almodóvar, alguns dizem que não foi tão bom quanto a expectativa. De fato, eu sou muito suspeito pra falar de filmes não-lineares e que confundem a mente do expectador desatento, mas eu achei Má Educação impecável. Os personagens se confundem, criam imagens falsas, vão pro passado, voltam pro futuro e no meio de tudo isso ainda tem uma "realidade alternativa".
O melhor de tudo é o final surpreendente, que sintetiza tudo aquilo que o filme se põe a tratar: paixão. Ou seja, peçam dinheiro pros seus pais, abram mão de suas economias, vendam seus rins mas aluguem esse filme a qualquer preço.
Pulp Fiction (Quentin Tarantino)
Lá vou eu, de novo, falar de filmes não-lineares. Se eu tivesse paciência pra fazer uma lista um pouco maior não faltariam o Efeito Borboleta e o excelente "Brilho Eterno Tralalalá...", mas Quentin já tá de bom tamanho. Pulp Fiction é mais um dos filmes que tem a marca inconfudível do Tarantino: Sangue, Sexo e Capítulos... Sim, Capítulos! E todo aquele papo de personagens se unindo em uma trama não-linear cabe aqui também.
Próximo!
Não Amarás (Krzysztof Kielowski)
É um filme de um dos diretores que eu mais tenho gostado ultimamente. Kielowski tem uma ótima habilidade com a fotografia dos filmes, que é muito bonita mesmo. Não Amarás é muito inocente, ele mostra o amor de uma maneira singela, com pouquíssimas palavras, todo aquele papo emo bonito de que as coisas mais simples são as mais legais e tal.
Certamente, esse não é o melhor filme de Krzysztof, até porque tem a Trilogia das Cores (A Liberdade é Azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha) que eu ainda estou por ver (só vi o primeiro até agora).
E agora eu só não sei como fas pra acabar uma crítica. (Isso aí do lado foi um ponto, certo?)