sábado, fevereiro 25, 2006

Fragmentos Cotidianos

Crônicas atemporais
Fragmentos Cotidianos


Hoje foi um dia em que saí de casa - coisa rara- em homenagem à isso, narrarei os feitos, da manhã à noite - em ordem cronológica, com algumas fantasias mentirosas também- até o presente momento em que acabo de digitar esse "r" da palavra "digitar".

9:30 Acordado enfim
Depois do despertador, acordei morto (de sono). Nunca mais tinha acordado tão cedo - pensei enquanto olhava o ponteiro miúdo (e inexistente, pois era um relógio de celular) apontar para às nove e meia. Como disse Veríssimo em uma das suas crônicas (que aqui plagio descaradamente) : " Acordar é um acidente do qual se sobrevive, com marcas que duram até o meio dia(...)". Não que isso importe, afinal, tenho sono demais pra pensar.


9:45 Discurso Populista

Não sei se vocês perceberam... Mas ultimamente tenho atingido a meta de um post por dia! (êeeeee!) Talvez seja a literatura, talvez seja o fato de que eu não revise os textos, mas eu acredito que a verdadeira motivação seja a presença e ajuda de vocês! - ensaio eu, enquanto fixo os olhos na parede do banheiro.

13:30 Rosa?
Pulado o almoço e a cesta, já saindo de casa para comprar a minha farda escolar -que ao iniciar o ano, tradicionalmente tem de ser nova. Entro no estabelecimento peço um modelo novo e dou de cara com um rosa-choque-queima-olhos que realmente não sei de onde veio.

Depois de ver todos os novos modelos (que eram três) escolhi dois - um preto com detalhes prata e outro branco e cinza: não caio no risco de sair do básico. A moça disse num tom engraçado porém quase irônico: "tsc tsc, depois que você ver todo mundo usando, vai vim correndo à procura do rosa".

Já se foi o tempo em que os atendentes não subestimavam os clientes...

14:05 Material
A pequena loja de esquina, que abrigava cadernos e mofo. Foi lá que resolvi comprar meu caderno. Infeliz eu, só havia um que era digno de minha atenção, e o mesmo era ridículo. O material foi comprado... Mais tarde colarei coisas na frente da capa...

Nenhuma crítica relacionada à sítio.. Exceto o fato de não saber para onde olhar: para o olho esquerdo ou direito da atendente caolha?


14:28 Cabeleireiro
Onde fluíram mais reflexões - não sei se foi por causa da espera, ou por causa dos espelhos fixados na parede.

Depois de decidir que só cortaria o cabelo quando declarassem estado de urgência, passei um ano e meio numa aventura cabelística - traduzindo: sem um cabeleireiro fixo. Qualquer boteco que tivesse um homem com uma tesoura - ou faca - na mão, servia para esta tarefa.

Entrei então em um salão simples, porém organizado (diferente do último, que possuía uma densa nuvem de fios espalhado por todo o estabelecimento). O cabeleireiro estava tendo seu cabelo cortado - por ninguém menos que a esposa. Ao me sentar, vários olhares se voltaram para mim: "será que é um extraterrestre do planeta "cabelos ridículos"?" imaginei o pensamento daqueles que me encaravam.

Entregaram-me uma revista, fato engraçado, já havia passeado por todos os salões - até aqueles que não eram salões mas sim: barbearias - e ninguém tinha me oferecido um livro.
- Escolha o corte aqui - disse a moça com um leve risada.

Me senti tão vendido que saí correndo... Maldita moda. Fui no "Çalão do Jozué", apesar da placa errada, com o troco pude comprar uma revista.

16:33 Resto
De resto, passei na "locadora" (está entre aspas porque eu acredito que esta palavra é chula demais para existir). Aluguei dois filmes bons. E estou aqui. Atendentes ousadas, mulheres zarolhas, discursos no banho e acordar cedo... Que dia ridículo... Que vida de cão.

PS.: NÃO ACREDITE NA VERDADE

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